ngimbe ephenpheni 2014
Performance com os convidados Bárbara Castelo Branco, Pedro Huet e Hugo Oliveira. Sistema de som de oito canais, caixas de cartão, monitores de som, placas kapaline pintadas, lixas
ngimbe ephepheni (eu escavo no papel traduzido para zulu) inicia-se num primeiro momento sonoro de leitura em forma de murmúrio, uma acção desenvolvida individualmente. Um murmúrio em oito vozes. Num segundo momento os quatro performers depois de escutarem atentamente as leituras debitadas pelos livros, juntam-se à volta de uma mesa e em simultâneo escavam no papel. A acção de escavar, ou neste caso de lixar, remete-nos para uma procura, um aprofundamento, um esclarecimento, e para uma necessidade constante de renovação de conhecimento, uma atitude de contínua insatisfação. Transformamos o papel escrito de tinta preta num esbranquiçado que vai surgindo de acordo com a vontade de cada indivíduo.