Susana Soares Pinto é licenciada em Multimédia, mestre em Práticas Artísticas e Contemporâneas e doutorada em Artes Plásticas, todos pela Universidade de Belas Artes do Porto (FBAUP). É investigadora do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) da mesma Universidade. A sua prática artística tem vindo a desenvolver-se entre margens: da Arte ao Extrativismo. Desde 2014, minas de nitrato, carvão vegetal, tungstênio, cobre e lítio têm sido gatilhos para sua prática artística demonstrada em suas exposições regulares. Ela fez residência no Deserto do Atacama para se aproximar das problemáticas da mineração em grande escala com um artigo publicado e um vídeo: Resistência Centrada no Solo – Amantes do Extremo, na Revista Vis (BR). Na perspectiva de reparar solos de minas antigas e protegê-los de novas que virão, o seu trabalho desenvolveu-se com o envolvimento das comunidades locais e com o solo, como Jardineira biológica. Desde 2018 está ao lado da comunidade de Covas do Barroso, Património Agrícola Mundial, para dar empoderamento aos seus atos de resistência contra a abertura de uma mina a céu aberto e a usurpação de baldios. Entre 2021-2023 fez parte do projeto de investigação SHS,  NORTE-01-0145-FEDER-000056, com uma peça site-specific nas antigas minas de carvão vegetal de Pejão, Castelo de Paiva, e a publicação À Volta do Charco, i2ADS edição. Os seus vídeos também são exibidos em Festivais Internacionais de Cinema – Videoformes (FR e EAU), Over the Real (IT), Intersección (ES). Participa na exposição Lithium – Estados de Exaustão, apresentada na Galeria Municipal do Porto em 2023, como extensão do curso Desejos Compulsivos do Colectivo Pláka Porto (PT).


Tem exposto com regularidade desde 2012, destacando a residência artística ”Camera less Technique” na Guimarães Capital da Cultura (2012), na “DEMO” no Palacete Pinto Leite, Porto (2013), na ”AUS” em Dresden (2014), em “Vozes-Ecos“ em colaboração com Isabel Costa no Festival Semibreve, Braga (2015), na “PADDOCK” no Museu Vila Velha, Vila Real (2015), em ”When You’re Fast Asleep…Sterile Archipelago” na Casa da Imagem, V. N. de Gaia (2016), em ”Descaminhos” no Colégio da Artes em Coimbra (2017), na “Liberdade Imprescindível” na Casa Museu Abel Salazar, São Mamede em Festa (2017), em “olhar o chão” no Artes, Porto (2019), “o melhor é perdermo-nos” na Appleton em Lisboa (2022). 

Em 2014   e 2018 colabora com o grupo de performance “Sintoma” e apresenta as performances ngimbe ephenphen (2014) e Ãledoif (2018) no museu de Serralves, Porto

Em 2018 colabora com artistas sonoros na criação de imagens em movimento (vídeo, filme) para álbuns de música eletrónica: álbum Peripherad Debris, tema Brumal da banda @haarvöl
álbum Survivalismo, temas Torso e Nervos da banda @sturqen

Publica na revista VIS “Resistência centrada no solo – amantes do extremo” (2020) e em colaboração com Nicole Tsangaris “Terra Opaca” na revista ALIX (2022).


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